Regimes de Tributação: Como escolher o mais vantajoso com segurança jurídica
- islaribeiro5
- 6 de ago.
- 2 min de leitura
A forma como sua empresa tributa suas receitas impacta diretamente o lucro, a competitividade e o risco jurídico. Escolher o regime tributário não deve ser uma decisão automática ou apenas contábil e sim, uma escolha estratégica e legalmente fundamentada.
Neste artigo, explicamos os principais regimes, seus benefícios e riscos, e como tomar a decisão correta para sua realidade empresarial.
Quais são os regimes tributários disponíveis?
Simples Nacional
Criado para micro e pequenas empresas (faturamento até R$ 4,8 milhões/ano), unifica tributos em uma única guia (DAS).
Vantagens:
Menor burocracia;
Alíquotas progressivas;
Obrigações acessórias simplificadas.
Limitações jurídicas:
Algumas atividades são excluídas;
Pode ter carga tributária elevada em faixas superiores;
Não permite aproveitamento de créditos de PIS/COFINS e ICMS.
Lucro Presumido
Baseia-se em percentuais predefinidos para estimar o lucro tributável, conforme o tipo de atividade.
Vantagens:
Apuração simples;
Custo contábil reduzido;
Previsibilidade no recolhimento.
Limitações jurídicas:
Não permite deduções de despesas;
Pode gerar pagamento excessivo em empresas com margens baixas;
Uso inadequado pode resultar em autuações.
Lucro Real
Baseados no lucro líquido efetivo, ajustado pela legislação fiscal.
Vantagens:
Carga tributária ajustada ao desempenho real;
Permite dedução ampla de despesas e uso de créditos;
Ideal para margens baixas ou atividades com prejuízos operacionais.
Limitações jurídicas:
Exige alta organização e compliance;
Penalizações severas em caso de erros;
Mais complexo e custoso de apurar.
Comparativo Estratégico
Simples Nacional
Ideal para: Micro e pequenas empresas com baixa margem.
Destaques: Facilidade operacional, mas limitações fiscais.
Lucro Presumido
Ideal para: Empresas com alta margem e baixa despesa
Destaque: Simples de operar, mas pouco flexível.
Lucro Real
Ideal para: Negócios com margem estreita ou prejuízo
Destaque: Economia real e uso de créditos, com alto controle.
Riscos ocultos em cada regime
Simples Nacional: Risco de exclusão por atividade ou faturamento e pagamento superior ao necessário.
Lucro Presumido: Erro no percentual presumido pode causar pagamento indevido.
Lucro Real: Erros na apuração ou documentação geram autuações severas.
Exemplo prático: Uma empresa que migrava automaticamente para o Lucro Presumido teve prejuízo financeiro durante dois anos seguidos. Após revisão jurídica, optou pelo Lucro Real e passou a pagar menos IRPJ e CSLL legalmente.
Quando reavaliar o regime?
Crescimento de faturamento;
Inclusão de novas atividade ou produtos;
Entrada de sócios ou investidores;
Interesse em recuperar tributos pagos a mais;
Planejamento sucessório ou societário.
Escolha jurídica, não apenas contábil
Embora a contabilidade execute os cálculos, quem interpreta os efeitos legais da escolha é o jurídico.
Mudanças de regime envolvem:
Reenquadramento societário;
Análise de riscos legais;
Revisão contratual e fiscal;
Planejamento sucessório em empresas familiares.
A escolha ideia deve envolver contador e advogado tributarista, especialmente em negócios com estrutura mais complexas.
Conclusão
O regime tributário define quanto sua empresa paga e quanto pode economizar.
Revisar essa escolha com respaldo jurídico pode gerar economia real, segurança fiscal e maior competitividade. Evite decisões automáticas: escolha com estratégia.
Agenda uma análise jurídica tributária e descubra o melhor regime para sua realidade.

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